Dados do Trabalho

Título

COMPLICAÇAO TARDIA DE FILTRO DE VEIA CAVA INFERIOR RECUPERAVEL COM PERFURAÇAO DUODENAL SINTOMATICA: RELATO DE CASO E REVISAO DE LITERATURA

Apresentação do Caso

Mulher de 27 anos apresentou dor abdominal dez anos após colocação de filtro de VCI. A investigação demonstrou um suporte de filtro da VCI perfurando o duodeno. O filtro foi removido por cirurgia híbrida, o duodeno foi fechado primariamente e o filtro de VCI retirado transjugular O paciente recebeu alta hospitalar no sexto dia de pós-operatório segue acompanhamento com boa evolução.

Discussão

O relato de caso apresentado ressalta uma complicação rara, porém significativa, associada à colocação do filtro de VCI. A paciente desenvolveu uma fístula duodenocaval, cujo diagnóstico, conforme descrito na literatura, foi estabelecido por meio de múltiplos métodos diagnósticos, notadamente a TC e EDA. Este caso destaca ainda, a complexidade do tratamento e os desafios cirúrgicos enfrentados. Apesar da complexidade do manejo cirúrgico híbrido, observou-se que tal abordagem tende a assegurar bons resultados, como evidenciado no relato do caso presente.
Os quadros sintomáticos de perfuração de filtro de VCI em estruturas adjacentes possuem frequência proporcionalmente menor (<1% dos pacientes) do que a ocorrência em indivíduos assintomáticos, todavia a verdadeira incidência da perfuração da VCI é desconhecida devido à falta de monitoramento de rotina.As principais indicações para laparotomia e cavotomia para remoção do filtro incluíram sangramento, obstrução intestinal e sepse.Pacientes sintomáticos com perfuração duodenal são quase todos candidatos à cirurgia aberta devido à intensa reação inflamatória que muitas vezes impede a cirurgia endovascular.

Conclusão

Em síntese, salienta-se a importância da pesquisa contínua sobre as características específicas dos filtros de VCI que possam predispor à perfuração, enfatizando a necessidade de avanços na engenharia desses dispositivos. Adicionalmente, destaca-se a relevância do rigoroso acompanhamento de pacientes submetidos à inserção de filtros de VCI, mesmo na ausência de sintomas, a fim de possibilitar a detecção precoce de complicações.
Em última análise, o relato de caso e a discussão apresentados contribuem de maneira valiosa para a compreensão das complicações relacionadas aos filtros de VCI, sublinhando a necessidade de uma abordagem integrada, vigilância clínica rigorosa e o contínuo desenvolvimento de dispositivos mais seguros no campo da cirurgia vascular.

Referências

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