XVI Encontro de Angiologia e de Cirurgia Vascular do Conesul e Cela 2024 (Sociedade Latino-Americana de Cirurgiões Endovasculares)

Dados do Trabalho


Título

ABORDAGEM ENDOVASCULAR EM DOENÇAS VASCULARES DE PACIENTES COM DOENÇA DE BEHÇET.

Introdução

A doença de Behçet (DB) é caracterizada por ser rara, crônica, recidivante, inflamatória e multissistêmica, que pode cursar com manifestações mucocutâneas, oculares, vasculares, cardíacas, nervosas e gastrointestinais. Quanto ao diagnóstico, não existe nenhum teste universalmente descrito; logo, ele é feito de maneira clínica, por meio da presença da sua tríade clássica de sinais: úlceras orais, úlceras genitais e uveíte. A DB acomete tanto o sistema venoso quanto o arterial. O envolvimento vascular é um dos principais preditores de morbidade e mortalidade da doença, afetando negativamente o prognóstico. A cirurgia endovascular vem ganhando espaço no tratamento cirúrgico nos casos de aneurismas arteriais, inclusive nos relacionados com DB, apesar de a terapia de escolha ainda ser controversa.

Objetivo

O objetivo do presente trabalho foi de explorar os aspectos da DB, destacando as limitações das abordagens convencionais e a necessidade de opções mais eficazes, explorando as abordagens endovasculares disponíveis e seus benefícios.

Metodologia

Para a estruturação da presente revisão, foi realizado um levantamento bibliográfico de artigos científicos nas bases de dados Medline, Scielo, Pubmed, Embase e ScienceDirect de artigos científicos em português ou inglês, sem limite de período. Ao final, 20 artigos relacionados com Doença de Behçet e Abordagens Endovasculares foram selecionados e analisados, sendo excluídos os artigos que não apresentavam associação entre os dois itens.

Resultados

Analisaram-se 20 estudos, onde foi evidenciado que o tratamento ideal para portadores de DB ainda é bastante controverso e desafiador, tendo em vista as dificuldades técnicas e as recidivas frequentes. A intervenção endovascular apresenta-se como uma alternativa viável e consideravelmente menos mórbida do que a cirurgia convencional.

Conclusão

Nesse contexto, o tratamento endovascular é uma terapia promissora que resulta na redução do tempo cirúrgico e do tempo de internação hospitalar. Além disso, causa menor perda sanguínea e apresenta taxas da mortalidade reduzidas. A literatura aponta que a técnica endovascular é efetiva (taxas de sucesso superiores a 90%) e segura, apresentando menor mortalidade (taxas de 0,6% a 3,5%) e menos complicações no pós-operatório (incidência de cerca de 19%), levando a uma recuperação mais rápida. Por isso, deve ser a abordagem de escolha na maioria dos casos, principalmente quando o risco cirúrgico é alto.

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Área

Geral

Autores

MATHEUS BORK TESTONI, FABRICIO FAUSTINO