XVI Encontro de Angiologia e de Cirurgia Vascular do Conesul e Cela 2024 (Sociedade Latino-Americana de Cirurgiões Endovasculares)

Dados do Trabalho


Título

TRATAMENTO ENDOVASCULAR DA DOENÇA OCLUSIVA VENOSA CENTRAL EM PACIENTES ATENDIDOS NO SUS DE UM HOSPITAL TERCIARIO DO NORTE GAUCHO.

Introdução

A Hemodiálise(HD) é o método mais utilizado no tratamento de pacientes com Doença Renal Crônica(DRC) em estágio avançado. O manejo constante dos cateteres em veia central e das fístulas arteriovenosas nativas(FAV) altera a anatomofisiologia do sistema venoso, ocasionando em alguns caso a perda definitiva do acesso, devido à formação de trombos, os quais invariavelmente são precedidos por uma oclusão do vaso.

Objetivo

o estudo tem por objetivo analisar o perfil e o resultado a curto e a longo prazo dos pacientes submetidos ao tratamento endovascular para doença venosa oclusiva central.

Metodologia

Trata-se de um estudo retrospectivo e descritivo com prontuários de pacientes atendidos em um hospital terciário entre os anos de 2019 e 2023.

Resultados

Foram realizadas 12 angioplastias percutânea transluminal, onde o balão e o stent foram utilizados, respectivamente, em 10(83,3%) e 2(16,7%) dos procedimentos.. Dessas lesões, 7(58,3%) eram oclusões e 5(41,7%) estenoses. Dos pacientes, 9(75%) eram do sexo masculino, enquanto 3(25%) do sexo feminino. Dentre as indicações para as intervenções, 5 dos pacientes(41,7%) possuíam diminuição do fluxo de FAV, junto ao edema de membro e de face. A falta de sítio para diálise estava presente em 2(16,7%) pacientes. A oclusão de veia subclávia direita, axilar direita e ilíaco-femoral estava presente em 2(16,7%),1(8,4%) e 1(8,3%) dos pacientes, respectivamente. Por fim, 1(8,3%) paciente possuía o acesso não funcionante. Após a intervenção, 10(83,3%) pacientes apresentaram melhora clínica. Apenas 2(16,7) indivíduos desenvolveram complicações após o procedimento, ambos apresentando pseudoaneurisma de artéria femoral direita. A respeito da patência vascular pós-cirúrgica, todos os pacientes obtiveram perviedade após 30 dias. Observados por um período de 60 dias, 11(91,7) sustentaram essa perviedade, enquanto 1(8,3%) evoluiu para óbito. Por fim, após 180 dias, 7(58,3%) obtiveram patência vascular. A necessidade de novos procedimentos vasculares foi observada em 5(41,7%) dos pacientes, onde o mais precoce precisou de uma nova intervenção em 6 meses.

Conclusão

Apesar da limitação de material e da impossibilidade de utilização das novas tecnologias, as técnicas endovasculares se mostram como uma boa alternativa para recuperação e manutenção dos acessos vasculares para hemodiálise com baixa morbimortalidade e índice de complicações.

Referências

SCAFFARO, Leandro. Estratégia intervencionista versus conservadora no manejo dos acessos vasculares para hemodiálise. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, [s. l.], 1 jan. 2007.

ROSSI, Fábio et al. Perviedade primária assistida através da angioplastia transluminal na cirurgia de revascularização de membros inferiores criticamente isquemiados. J Vasc Br, [s. l.], 29 abr. 2003.

SILVESTRE, José et al. Tratamento endovascular da doença venosa oclusiva central: experiência de um centro. J Vasc Bras, [s. l.], 17 jan. 2014.

Área

Geral

Autores

ROBERTO ANTONIO GURGEL GOMES JUNIOR GURGEL, EDUARDO LIMA TIGRE, ALENCAR JUNIOR LOPES PROENÇA, ALEXANDRE BUENO DA SILVA, GABRIEL FELIPE ARAUJO LOUREIRO, DANIEL FELIPE SAVARIS